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terça-feira, 20 de setembro de 2011
Desatando os nós que tecem um ressentimento
A palavra ressentimento
Leva-nos a crer que voltamos atrás movidos por algum sentimento que vivenciamos no cotidiano.
Como se déssemos marcha ré
Estivéssemos caminhando em uma direção e tomássemos um susto ou tivéssemos uma surpresa e recuássemos.
O ressentimento tem seu lugar nos porões de nossas histórias.
Ali embora as coisas estejam guardadas, mas continuam vivas. Tanto é que o senhor ressentimento vive delas.
Ele vive “tranqüilo” em sua morada até o momento em que uma situação do tempo presente lhe dar um esbarrão.
Ele então sai de sua morada e investe no acontecido como se por si só houvesse forças para causar tanto reboliço.
O reboliço justamente está em fazer com que nós fiquemos presos a aquela situação sem enxergar mais nada e paralisado.
Resistimos a olhar o novo por quê o senhor ressentimento nos prendeu no porão das lembranças que não foram acolhedoras.
Aquelas que nos arrebataram e nos arrancaram dos braços materno e do colo paterno sem perceber nossa imaturidade.
_ O desmame foi forçado. Já diziam algumas senhoras lá no tempo da minha meninice ao analisar o comportamento de alguém ressentido.
Alguém sempre nos cantos como se espreitasse algo que quem sabe gostaria de ver e ter.
Aquele braço estendido e o sorriso largo chamando para o colo e perguntando: quem é a coisa linda da mamãe? E/ou quem é a coisa linda do papai?
A dor da rejeição possivelmente seja a feitora do ressentimento. Aquele fantasma que ele, o resentimento, nada sabe, que este fantasma ronda os porões da morada e faz dele um escravo encravado nas entranhas daquele que foi esbarrado.
Viver essa dor é ressentir-se
È re-atualizada a qualquer momento
Dai a espreita do que virar
Como se desejasse antecipar o engano em cada acontecimento para pelo menos controlar a chegada da dor
Da sua saída ninguém sabe se não descer no porão remexer os guardados, tirar o pó
Fazer uma boa limpeza até poder encontrar a peça chave do quebra-cabeças para então seguir em frente
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5 comentários:
Estou encantada com o texto. è realmente o que sinto. Não é fácil superar a rejeição.
Escreva sempre.
abraços Ivany
da Fernanda Rio de Janeiro
Um texto leve mas de mutia sabedoria.
Um cheiro
Sandra Porto Alegre
Ivany você têm livro? amei seus artigos escreva sobre o amor. Você escreve com o coração,.
Adriana Porto Alegre
Ivany,
Muito interessante o seu texto. Parabéns, mais uma vez.
Estou por terminar a leitura de um livro de Carlos Ruiz Zafón, intitulado “O Jogo do Anjo” que mostra a trajetória de um escritor, de família miserável, criado somente por pai violento que fez de tudo para que este filho não tivesse acesso à educação. Suas leituras eram furtivas, pois proibidas.
Cresceu no mundo e viveu de questionamento em questionamento e busca exatamente que você chama, com muita propriedade, de ressentimento. Ele anda perseverantemente na busca de fragmentos e explicações para todas as dúvidas do seu presente e esquece de vive-lo. É uma busca sem fim, de fato.
Nós temos competência para mudar o nosso presente na busca de algo que faça mais feliz o futuro; no entanto, nada podemos fazer sobre o passado, especialmente naquilo em que não fomos sequer protagonistas. Talvez, vítimas, como os que vivem a mesma época. É provável que todos tenhamos, em algum grau, mais ou menos desenvolvido ou aguçado, estes ressentimentos.
Eu penso que estes ressentimentos são como ácidos que corroem a gente por dentro. Como na Química, existe um sem número de substancias de características opostas, que são usadas na neutralização dos ácidos. Se o ácido é forte, se uma base polaridade contrária, da mesma magnitude; ou alguma mais fraca, em doses contínuas até a neutralização ocorra. Deve-se ter o cuidado de não ultrapassar os limites da Química dos sentimentos, para que o excesso do neutralizante não seja predominante de modo a fazer o mal pela característica oposta.
Como nos nossos organismos, temos que acertar o pH do nosso equilíbrio. A saúde física e a saúde mental dependem essencialmente desta administração.
Claudio Furtado
Obrigada Claudio pelo valioso comentário. Me deixa feliz em escrever e estimular a escrita que todos possuem basta exercitar.
Volte sempre!!!!
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